segunda-feira, 29 de agosto de 2011

QUESTAO 03

Fazer análise de uma situação urbana mundial contemporânea e compará-la aos capítulos do texto de M.S. BRESCIANI, no livro estudado em sala “Londres e Paris no séc. XIX, o espetáculo da pobreza.”

Após lermos “Londres e Paris no séc. XIX, o espetáculo da pobreza”, e pesquisarmos mais profundamente sobre o assunto encontramos diversas reportagens como a do portal IG do dia 28/06/2011. “Morador de rua morre de frio no interior de São Paulo”. A reportagem retrata a dura realidade de parte da população no Brasil: sem emprego e sem condições para pagar uma casa, homens, mulheres e crianças encontram nas ruas, nas calçadas a única opção possível de moradia. Diante de tal situação tais pessoas são obrigadas a pedir dinheiro na rua para não passar fome, a trabalhar (quando conseguem algum “bico”) diversas horas seguidas sem descanso para no final do dia, em certos casos morrer de frio por não ter se quer um cobertor para se proteger. Outra realidade são as pessoas que fugindo da realidade das ruas procuram cortiços ou prédios abandonados para morar, como foi visto na reportagem do dia 22/09/09 do portal Globo “Centro de SP esconde cortiços em condições desumanas”. De acordo com a reportagem os cortiços possuem condições desumanas, em um dos cortiços, por exemplo, a luz elétrica é “gato” e existe apenas um banheiro para cerca de 160 pessoas.

Outra reportagem encontrada e talvez a mais pertinente para este assunto, foi a do dia 29/08/11 do portal Paraná Online. “MPF denuncia 4 por manter mão de obra escrava”. A reportagem fala sobre a utilização de mão-de-obra escrava em lavouras de café nos municípios de Garça e Vera Cruz, no interior paulista. No sitio foram encontrados 21 trabalhadores que viviam em condições de escravidão. Os trabalhadores tinham a liberdade restrita e viviam sob constantes ameaças. Segundo o procurador da republica Célio Vieira da Silva, autor da denuncia, os trabalhadores viviam em alojamentos “indignos de moradia” sem janelas, camas e com paredes repletas de frestas e rachaduras. Todos os trabalhadores recebiam salário abaixo do piso.

Em outro caso na mesma região os trabalhadores possuíam moradias de madeira, algumas cobertas com papelão ou lona. Nesses alojamentos não foram encontrados banheiros nem fossas sépticas.

Encontramos varias outras reportagens que também nos chamaram a atenção, como a do dia 18/03/09 do Jornal Estado de São Paulo. “Desemprego na Europa traz de volta protestos” ,e a reportagem do portal IG do dia 30/11/2010. “Desemprego na Europa é o maior em doze anos”. Ambas as reportagens falam do aumento do numero de desempregados na Europa. A primeira reportagem cita que sindicalistas daquele ano na França protestavam e exigiam maior proteção contra o desemprego. Ainda de acordo com a reportagem dezessete países europeus foram afetados por manifestações contra o desemprego. No Reino Unido, por exemplo, uma greve numa usina em Lindsey contra a contratação de estrangeiros se expandiu, atraindo mais de 10 mil pessoas. Já a segunda reportagem mostra que em 2010 o número de desempregados aumentou consideravelmente na Europa. De acordo com a reportagem, o resultado se deve, principalmente, ao maior número de desempregados na Itália, a terceira maior economia do bloco – de 8,3% para 8,6%.

Ao compararmos estas reportagens ao texto estudado em sala “Londres e Paris no séc. XIX, o espetáculo da pobreza”, podemos perceber que ambos retratam que o desenvolvimento econômico não havia contemplado toda a população, quanto mais aglomerado o povo era nas cidades, mais isolado o homem se sentia; tendo de conviver com a sujeira e com o mau cheiro.

O texto estudado cita que no final do século XIX, os bairros operários se agigantavam, tornando-se quase cidades dentro da cidade. Nesses verdadeiros antros de degradação se misturavam trabalhadores, beberrões e criminosos. Assim como citado no texto, hoje ainda nos deparamos com diversas pessoas vivendo em condições precárias amontoadas em cortiços e prédios abandonados. Tanto as reportagens encontradas como o texto estudado relatam que esses trabalhadores que nem sempre conseguem trabalhos dignos com uma boa remuneração, são os mesmos que são vistos como bárbaros, são aqueles que para muitos deveriam ser mantidos em seus guetos, sem direitos, sem conforto, sem sonhos nem futuro.

Podermos concluir, portanto que as reportagens e o texto “Londres e Paris no séc. XIX, o espetáculo da pobreza” relatam a busca de uma sociedade igualitária, onde muita coisa ainda deve ser feita. Se a indústria colocou no lugar dos homens maquinas e causou assim uma grande “mão-de-obra não utilizável”, cabe aos países fornecer novas formas de emprego para que em uma sociedade futura não exista ou diminua consideravelmente o número de pessoas desempregadas, passando fome, morando em lugares extremamente desumanos para assim podermos atingir de certa forma uma sociedade mais igualitária.

Para concluir encontramos uma reportagem da Folha Onlime." Agência da ONU pede greve de fome pelos desnutridos do mundo", do dia 11/11/2009 , que fala que o diretor geral da FAO (agência da ONU pra alimentação), Jacques Diouf, pediu que o mundo inteiro realize uma greve de fome nos próximos sábado (14) e domingo (15) em solidariedade ao mais de 1 bilhão de pessoas desnutridas no planeta --um recorde histórico.

 Nesta segunda-feira (16), a organização realiza a sua Cúpula Mundial sobre a Segurança Alimentar de dois dias na qual estarão, entre outras autoridades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Bento 16.

De acordo com a FAO, a fome atinge atualmente 1,020 bilhão de pessoas, um recorde, e a crise econômica recente arrastou 105 milhões pessoas à fila de desnutridos. Por outro lado, houve diminuição no número de famintos, desde o início da década 90, em 31 dos 79 países nos quais a organização atua. Esses países, conforme a FAO, já alcançaram ou conseguirão reduzir o número de famintos para 2015.
Entre os exemplos de países que alcançaram importantes avanços frente à fome está o Brasil além de Armênia, Nigéria e Vietnã.
No Brasil, a organização cita como exemplo o programa "Fome Zero", que foi implantado pelo governo em 2003.

O relatório assinala também que um dos melhores e mais rentáveis caminhos para vencer a pobreza e a fome no meio rural é apoiar os pequenos camponeses, já que cerca de 85% das granjas agrícolas do mundo teriam menos de 2 hectares, e os pequenos agricultores e suas famílias representam 2 bilhões de pessoas, um terço da população mundial.

Combate à fome em BH é modelo para o mundo


Um bilhão e duzentos milhões de pessoas no mundo sobrevivem com menos de um dólar por dia. Isso significa que muitas pessoas passam fome e vivem abaixo da linha da miséria. Belo Horizonte, no entanto, conseguiu mudar essa situação na cidade e se aproxima cada vez mais de uma das Metas do Milênio da ONU, erradicar a fome e a pobreza extrema.
Cerca de 15 mil refeições de baixo custo são oferecidas todos os dias na capital, beneficiando trabalhadores de baixa renda, desempregados, aposentados, moradores de rua, estudantes e famílias inteiras com risco de segurança alimentar e nutricional.A iniciativa da quarta maior capital do Brasil na criação de restaurantes capazes de oferecer alimentação saudável e de baixo custo para a sua população já é espelho para as outras capitais do país. Por duas vezes consecutivas (2009 e 2010), a Prefeitura de Belo Horizonte ganhou o Prêmio ODM Brasil por sua política de abastecimento. São 17 programas que beneficiam mais de um milhão de habitantes de BH. Uma das ações elogiadas foi a criação dos restaurantes populares que, por muitas vezes, se tornam a única opção de alimentação para alguns moradores da cidade.

Jornais
Referencias:
Morador de rua morre de frio no interior de São Paulo
28/06/2011

MPF denuncia 4 por manter mão de obra escDesemprego na Europa traz de volta protestos
18 de março de 2009
Desemprego na Europa é o maior em doze anos
30/11/2010
http://economia.ig.com.br/desemprego+na+europa+e+o+maior+em+doze+anos/n1237843152675.html

Centro de SP esconde cortiços em condições desumanas
22/09/09

Agência da ONU pede greve de fome pelos desnutridos do mundo

Texto
Referencias:

M. S. Bresciani, Londres e Paris no século XIX, o espetáculo da pobreza.



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