sábado, 27 de agosto de 2011

2MUTATIONS - REM KOOLHAAS HARVARD - Project on the city Lagos (HARVARD PROJECT ON THE CITY)

Taxação das terras ocupadas
A falta de um claro zoneamento industrial ao redor das composições das companhias multinacionais, e a incessante aglomeração de toda a cidade tem empurrado a mão de obra às adjacências das propriedades privadas.
Aterros rodoviários, abaixo de viadutos, trilhos de trem, e a múltipla orla da cidade têm sido colonizados por empresas secundarias e serviços – fabrica de blocos de cimento, vulcanizadores, equipamentos de estrada, cabeleireiros, mercados a beira da estrada etc. Este revestimento do sistema da estrada, mais evidente no enchimento dos círculos vazios dos trevos, demonstra basicamente o planejamento do espaço:
as colunas das auto-estradas são usadas como divisores espaciais,
 sapatas de fundação como superfícies de trabalho, e área abertas servem como mercados ou para armazenar materiais.
O espaço debaixo dos viadutos é usado para os mais variados fins desde indústrias, armazém, estacionamento de carros que podem ser convenientemente cercados entre as colunas. Estes pedaços de terras pertencem ao governo militar da Nigéria ou ao estado.
Este tipo de ocupação representa uma ocupação temporária, mas legal da terra sem um dono, um revestimento geral do tecido urbano.
Próximo de Jankara, o maior mercado de Lagos, quatro trevos tem sido utilizado para troca de materiais reciclados. O mercado de reciclados permanece ai desde 1960, exceto por um deslocamento temporário pelo governo federal durante a construção da autoestrada (1973-78); o governo respeitou os direitos das terras em troca de um imposto.
O mercado tem se adaptado a nova infraestrutura da autoestrada com seu uso potencial.
A autoestrada esta em linha com o processo de produção que ocorre no local:
- Pequenas operações de montagens ocorrem sob os viadutos, onde grupos de jovens montam lanternas, panelas, e outdoor objetos metálicos;
- Outros trabalhos como catadores da cidade, coletam sucata de metal e plástico e organizam em pilhas;
-  Armazenamento e troca de sucatas acontecem em áreas abertas de trocas. A troca de sucatas forma a cadeia produtiva.
O serviço de troca de Jankara troca sucata com varias corporações – a Universal Steel é uma compradora regular de sucatas metálicas, e grandes fabricantes de plástico são compradores regulares – sugerindo que as transações entre o baixo e alto nível da economia convergem para o uso temporário das terras federais.
De fato a gradual instituição da fabricas tais com a Jankara sugere que a urbanização da capital Lagos segue uma diferente e mais eficiente lógica do que a redundante e ineficiente construção da autoestrada.





Engarrafamento
O termo “vá devagar” e “não vá”, são parte do vocabulário popular repleto de nomenclaturas que expande o escopo de movimento do trafego ao nível da inconsciência urbana.
Vá devagar descreve um engarrafamento: próprio para estradas com próspera atividade empresarial.
O termo “vá devagar” é uma condição temporária, aumento diurno usualmente picos do movimento urbano.
O termo “não vá”, por outro lado é menos uma condição do que um lugar.
Definido pelo fracasso de um planejamento, iniciativa falida de roubos constantes, ou um colapso físico, o termo não vá freia a circulação muito vulnerável.
Assim a rodovia incompleta ou restrição na intersecção é de uma maneira recuperável, tornando-se controlável, e extremamente valiosa: – imóveis e congestionamentos não podem ser controlados ou “curto-circuitados”, somente desviado. O empreendedorismo desenfreado acusa os engarrafamentos como obstáculo ao desenvolvimento.
À medida que os engarrafamentos aumentam o tráfego se espalha nas áreas adjacentes, transformando vários terrenos para circulação de veículos. As rodovias sangram atingindo o máximo de inutilização trazendo perigo para população vizinha. Os engarrafamentos provocam deterioração das áreas adjacentes.
Grupos normalmente negligenciam e aproveitam a deterioração das rodovias, jovens destroem propositalmente a superfície das rodovias redirecionando o trafego para “algumas áreas” ou áreas comerciais. 




Em 1996, os 600 km Onistha/Owerri, rodovia leste de Lagos, “cavada em vários pontos, desviando motorista para áreas determinadas, terras e vilas remotas, cruzando terrenos abandonados e reconectando novamente as autoestradas”.
“Muitas vidas foram perdidas neste processo, motoristas percorreram campos como nos velhos tempos.”
O desvio de Lagos é geralmente sutil, ás vezes dramático, mas nunca meramente uma coincidência.
Ás vezes o desvio é uma inundação, administram forçando as pessoas a deixarem a autoestrada para dentro da vizinhança.
Ás vezes o desvio pode ser um incêndio na autoestrada. Outras vezes isto é um acordo entre motoristas e distribuidores, na qual os motoristas param o trafego e ficam sujeitos a vendedores ambulantes.
A lentidão de Lagos tem piorado. As autoestradas, originalmente desembocavam na cidade ligando destinos e origem e agora estão irreconhecíveis aos olhos dos planejadores.
No mapa elas ainda parecem às mesmas. Vista do alto parece fazer sentido - “a cidade esta interconectada”. Mas em cada um das interseções o planejamento entra em colapso.
As “ruas” de Lagos são inadequadamente descrita por “canal”.
Lagos não tem ruas, no lugar, obstáculos e portões, barreiras e pessoas que controlam determinados espaços. Algumas áreas podem parecer ruas, elas podem até parecerem autoestradas.
Mas há ainda nas autoestradas em Lagos pontos de ônibus, mesquita (sob elas), mercados e fábricas.
Lagos é um sistema de circulação mais particular do que em qualquer lugar.
Os espaços da cidade são popularmente descritos em termos de paralisações, escassez, e depósito de materiais.
Estas rotas não são planas entre pontos, mas talvez seja mais elástica e com saídas variadas, fazem delas mais favoráveis a modificações e contradizem sua linearidade – “guardrails” são removidos, barreiras colocadas de lado.  Em todo engarrafamento, a rodovia é convertida para permitir movimento no máximo de direções possíveis.




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