INTERVENÇÃO: Programa Vila Viva - Minas Gerais, Belo Horizonte.
Programa Vila Viva, considerado a maior intervenção urbanística em vilas e favelas do país e referência para várias outras cidades. Ele está sendo implantado em seis comunidades – Aglomerado da Serra, Taquaril, Pedreira Prado Lopes, Vila São José, Aglomerado Morro das Pedras e Vila Califórnia - abrangendo diretamente 125 mil pessoas, ou seja, 25% do total da população de vilas e favelas. O montante dos recursos para as obras da Vila Viva – R$ 572, 3 milhões - foi obtido junto ao PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do governo federal e por meio de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.
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ÁREA DE ATUAÇÃO: |
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208 comunidades com 471 mil moradores |
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As áreas de atuação da Urbel se restringem às regiões do município definidas, de acordo com o Plano Diretor de Belo Horizonte, como ZEIS-1 e ZEIS-3 (Zonas de Especial Interesse Social).
As ZEIS-1 correspondem às vilas e favelas. São constituídas pelos espaços ocupados de forma desordenada por população de baixa renda nos quais existe o interesse do poder público em promover programas habitacionais, intervenções de urbanização e ações de regularização fundiária, com o objetivo de requalificar as comunidades e melhorar a qualidade de vida de seus moradores, integrando-os à cidade.
As ZEIS-3 correspondem às áreas edificadas nas quais a Prefeitura tenha implantado conjuntos habitacionais populares com a finalidade de efetivar os processos de regularização urbanística e fundiária em favor dos ocupantes, adequando a propriedade do solo à sua função social e exercer efetivamente o controle da terra urbana. - Nº de vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares:208 (*1)
- Área de Belo Horizonte: 331 km2
- Área das vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares: 16,75 km2
- % da área das vilas favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares em relação à área total do município: 5,06%
- População de vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares: 471.344 habitantes
- População de Belo Horizonte: 2.412.937 habitantes
- % da população de vilas, favelas, conjuntos habitacionais e outros assentamentos irregulares em relação à população total do município: 19,53%
(*1) A área de atuação da Urbel compreende 174 vilas e favelas; 24 conjuntos habitacionais populares implantados pela prefeitura antes de 1993; e outros 10 assentamentos irregulares.
Fonte: Diretoria de Planejamento da Urbel/Outubro 2009 |
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ÁREAS DE ATUAÇÃO: Principais Aglomerados e Vilas |
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CENTRO-SUL
Aglomerado da Serra
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Marçola | 7.944 | 2.852 | 222.300 | década de 60 |
Nossa Senhora Aparecida | 6.166 | 1.784 | 141.900 | década de 50 |
Nossa Senhora Conceição | 7.828 | 2.217 | 183.700 | década de 20 |
Nossa Senhora de Fátima | 13.291 | 3.476 | 622.700 | década de 40 |
Novo São Lucas | 3.848 | 1.022 | 182.900 | década de 90 |
Santana do Cafezal | 7.009 | 2.147 | 135.800 | desde 1.975 |
Total | 46.086 | 13.498 | 1.489.300 | - |
Aglomerado Barragem Santa Lúcia
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Estrela | 1.450 | 330 | 83.908 | - |
Santa Lúcia | 8.783 | 1.998 | 241.321 | década de 30 |
Santa Rita de Cássia | 6.681 | 1.520 | 152.642 | década de 30 |
Total | 16.914 | 3.848 | 477.871 | - |
LESTE Conjunto Taquaril
Local | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Taquaril/BH (setores 1 a 12) | 30.204 | 6.041 | 1.042.483 | desde 1.981 |
Taquaril/Sabará (setores13 e 14) | 10.592 | 2.119 | 370.700 | desde 1.981 |
Total | 40.796 | 8.160 | 1.413.183 | - |
Alto Vera Cruz
Local | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Alto Vera Cruz | 30.186 | 8.362 | 858.116 | década de 70 |
NORTE
Aglomerado São Tomás/Aeroporto
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Aeroporto | 2.523 | 812 | 76.326 | década de 70 |
São Tomás | 7.913 | 3.205 | 331.790 | década de 60 |
Total | 10.436 | 4.017 | 408.116 | - |
NORDESTE
Aglomerado Beira Linha
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Dom Silvério/ Beira Linha | 7.438 | 1.771 | - | - |
São Gabriel/ Beira Linha | 964 | 4.049 | - | - |
Triba/ Beira Linha | - | - | - | - |
Total | 8.402 | 5.820 | 306.283 | - |
NOROESTE
Pedreira Prado Lopes
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Pedreira Prado Lopes | 8.900 | 1.914 | 142.363 | década de 10 |
OESTE
Aglomerado Morro das Pedras
Vila | Habitantes | Domicílios | Área (m2) | Início ocupação |
Antena | 1.652 | 408 | 51.671 | década de 60 |
Leonina (*) | 3.811 | 1.030 | 161.222 | década de 60 |
Pantanal | 582 | 149 | 17.719 | década de 80 |
Santa Sofia | 3.702 | 942 | 121.682 | década de 70 |
São Jorge I | 1.687 | 499 | 75.413 | década de 50 |
Cascalho | 4.117 | 968 | 142.869 | década de 70 |
São Jorge III | 4.275 | 1.121 | 217.774 | década de 60 |
Total | 19.826 | 5.117 | 818.350 | - |
(*) Os dados referentes às vilas Leonina e Chácara Leonina foram considerados em conjunto. Fontes: IBGE e Diretoria de Planejamento da Urbel. |
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URBEL
POLÍTICA DE ATUAÇÃO: Vilas e favelas são urbanizadas
No contexto da Política Municipal de Habitação Popular a URBEL é o órgão da administração do município responsável pelo planejamento e execução das ações e intervenções de urbanização das vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social. Sua atuação abrange o total de 174 vilas e favelas e 24 conjuntos habitacionais espalhados em todas as regiões da cidade, contemplando cerca de 500 mil moradores, o equivalente a 19,5% da população total de Belo Horizonte.
A linha de trabalho da empresa está em consonância com o programa de governo democrático e popular que administra a cidade desde 1993. Destacam-se aí a inversão de prioridades, a participação dos cidadãos e de movimentos sociais organizados, tanto na formulação e execução de políticas públicas quanto na definição da aplicação de recursos, além da busca de parcerias com a sociedade civil e com outras esferas de governo. Em consequência disso, as áreas ocupadas irregularmente passaram a receber tratamento diferenciado através do planejamento e intervenções integradas de cunho urbanístico, ambiental, social e de regularização fundiária, com o propósito de incluí-las no mapa da cidade formal já urbanizada.
A principal ferramenta de planejamento que norteia e hierarquiza as intervenções estruturantes da URBEL e da Prefeitura nas comunidades é o PGE (Plano Global Específico). Até o momento, foram elaborados 54 Planos Globais, abrangendo 77 vilas e 283 mil moradores. Outros 5 se encontram em fase de execução. Além de ser um instrumento muito importante no trabalho de captação de recursos junto a organismos financeiros nacionais e internacionais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial, e outros níveis de governo, é essencial para nortear intervenções de revitalização estrutural em diversos aglomerados. Além disso, o PGE, a partir de 1998, também passou a condicionar a aprovação das obras do Orçamento Participativo (OP) para urbanização e melhoria nas vilas.
Também fica a cargo da URBEL a coordenação da estratégia de intervenção nas áreas de risco geológico – sujeitas a deslizamento de encosta e inundação. O Programa Estrutural Para Área de Risco (PEAR) se tornou um modelo de gestão para outras cidades do país e ao longo dos últimos anos tem contribuído na prevenção e na redução de acidentes graves nas áreas de risco durante o período das chuvas. A implantação de sete Centros de Referência Em Área de Risco (CREAR) nos principais aglomerados, a capacitação dos integrantes dos Núcleos de Defesa Civil (NUDEC), a remoção preventiva de famílias em área de risco muito alto, as milhares de vistorias anualmente feitas em moradias de áreas instáveis, além das obras de manutenção nas comunidades, são alguns exemplos das ações contínuas do PEAR visando garantir a segurança da população.
A remoção e o reassentamento de famílias de áreas de risco ou para a realização de obras públicas é outra das funções da URBEL. Por intermédio do PROAS (Programa de Remoção e Reassentamento de Em Função de Risco e Obras Públicas) e do Bolsa Moradia, milhares de famílias vem sendo reassentadas em moradias dignas e seguras.
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