sábado, 20 de agosto de 2011

PROGRAMA VILA VIVA


INTERVENÇÃO: Programa Vila Viva - Minas Gerais, Belo Horizonte.

Programa Vila Viva, considerado a maior intervenção urbanística em vilas e favelas do país e referência para várias outras cidades. Ele está sendo implantado em seis comunidades – Aglomerado da Serra, Taquaril, Pedreira Prado Lopes, Vila São José, Aglomerado Morro das Pedras e Vila Califórnia - abrangendo diretamente 125 mil pessoas, ou seja, 25% do total da população de vilas e favelas. O montante dos recursos para as obras da Vila Viva – R$ 572, 3 milhões - foi obtido junto ao PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do governo federal e por meio de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.

ÁREA DE ATUAÇÃO:

208 comunidades com 471 mil moradores

As áreas de atuação da Urbel se restringem às regiões do município definidas, de acordo com o Plano Diretor de Belo Horizonte, como ZEIS-1 e ZEIS-3 (Zonas de Especial Interesse Social).

As ZEIS-1 correspondem às vilas e favelas. São constituídas pelos espaços ocupados de forma desordenada por população de baixa renda nos quais existe o interesse do poder público em promover programas habitacionais, intervenções de urbanização e ações de regularização fundiária, com o objetivo de requalificar as comunidades e melhorar a qualidade de vida de seus moradores, integrando-os à cidade.

As ZEIS-3 correspondem às áreas edificadas nas quais a Prefeitura tenha implantado conjuntos habitacionais populares com a finalidade de efetivar os processos de regularização urbanística e fundiária em favor dos ocupantes, adequando a propriedade do solo à sua função social e exercer efetivamente o controle da terra urbana.
  • Nº de vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares:208 (*1)
  • Área de Belo Horizonte: 331 km2
  • Área das vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares: 16,75 km2
  • % da área das vilas favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares em relação à área total do município: 5,06%
  • População de vilas, favelas, conjuntos habitacionais populares e outros assentamentos irregulares: 471.344 habitantes
  • População de Belo Horizonte: 2.412.937 habitantes
  • % da população de vilas, favelas, conjuntos habitacionais e outros assentamentos irregulares em relação à população total do município: 19,53%
(*1) A área de atuação da Urbel compreende 174 vilas e favelas; 24 conjuntos habitacionais populares implantados pela prefeitura antes de 1993; e outros 10 assentamentos irregulares.











Fonte: Diretoria de Planejamento da Urbel/Outubro 2009

ÁREAS DE ATUAÇÃO: Principais Aglomerados e Vilas


CENTRO-SUL

Aglomerado da Serra
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Marçola
7.944
2.852
222.300
década de 60
Nossa Senhora Aparecida
6.166
1.784
141.900
década de 50
Nossa Senhora Conceição
7.828
2.217
183.700
década de 20
Nossa Senhora de Fátima
13.291
3.476
622.700
década de 40
Novo São Lucas
3.848
1.022
182.900
década de 90
Santana do Cafezal
7.009
2.147
135.800
desde 1.975
Total
46.086
13.498
1.489.300
-
 Aglomerado Barragem Santa Lúcia
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
 Estrela
 1.450
 330
 83.908
 -
 Santa Lúcia
 8.783
 1.998
 241.321
 década de 30
 Santa Rita de Cássia
 6.681
 1.520
 152.642
 década de 30
 Total
 16.914
 3.848
 477.871
 -
LESTE
Conjunto Taquaril
Local
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Taquaril/BH (setores 1 a 12)
30.204
6.041
1.042.483
desde 1.981
Taquaril/Sabará (setores13 e 14)
10.592
2.119
370.700
desde 1.981
Total
40.796
8.160
1.413.183
 -

Alto Vera Cruz
Local
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Alto Vera Cruz
30.186
8.362
858.116
década de 70

NORTE

Aglomerado São Tomás/Aeroporto
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Aeroporto
2.523
812
76.326
década de 70
São Tomás
7.913
3.205
331.790
década de 60
Total
10.436
4.017
408.116
-

NORDESTE

Aglomerado Beira Linha
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Dom Silvério/ Beira Linha
7.438
1.771
-
-
São Gabriel/ Beira Linha
964
4.049
-
-
Triba/ Beira Linha
-
-
-
-
Total
8.402
5.820
306.283
-

NOROESTE

Pedreira Prado Lopes
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Pedreira Prado Lopes
8.900
1.914
142.363
década de 10

OESTE

Aglomerado Morro das Pedras
Vila
Habitantes
Domicílios
Área (m2)
Início ocupação
Antena
1.652
408
51.671
década de 60
Leonina (*)
3.811
1.030
161.222
década de 60
Pantanal
582
149
17.719
década de 80
Santa Sofia
3.702
942
121.682
década de 70
São Jorge I
1.687
499
75.413
década de 50
Cascalho
4.117
968
142.869
década de 70
São Jorge III
4.275
1.121
217.774
década de 60
Total
19.826
5.117
818.350
-
(*) Os dados referentes às vilas Leonina e Chácara Leonina foram considerados em conjunto.
Fontes: IBGE e Diretoria de Planejamento da Urbel.



URBEL
POLÍTICA DE ATUAÇÃO: Vilas e favelas são urbanizadas
No contexto da Política Municipal de Habitação Popular a URBEL é o órgão da administração do município responsável pelo planejamento e execução das ações e intervenções de urbanização das vilas, favelas e conjuntos habitacionais de interesse social. Sua atuação abrange o total de 174 vilas e favelas e 24 conjuntos habitacionais espalhados em todas as regiões da cidade, contemplando cerca de 500 mil moradores, o equivalente a 19,5% da população total de Belo Horizonte.
A linha de trabalho da empresa está em consonância com o programa de governo democrático e popular que administra a cidade desde 1993. Destacam-se aí a inversão de prioridades, a participação dos cidadãos e de movimentos sociais organizados, tanto na formulação e execução de políticas públicas quanto na definição da aplicação de recursos, além da busca de parcerias com a sociedade civil e com outras esferas de governo. Em consequência disso, as áreas ocupadas irregularmente passaram a receber tratamento diferenciado através do planejamento e intervenções integradas de cunho urbanístico, ambiental, social e de regularização fundiária, com o propósito de incluí-las no mapa da cidade formal já urbanizada.
A principal ferramenta de planejamento que norteia e hierarquiza as intervenções estruturantes da URBEL e da Prefeitura nas comunidades é o PGE (Plano Global Específico). Até o momento, foram elaborados 54 Planos Globais, abrangendo 77 vilas e 283 mil moradores. Outros 5 se encontram em fase de execução. Além de ser um instrumento muito importante no trabalho de captação de recursos junto a organismos financeiros nacionais e internacionais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial, e outros níveis de governo, é essencial para nortear intervenções de revitalização estrutural em diversos aglomerados. Além disso, o PGE, a partir de 1998, também passou a condicionar a aprovação das obras do Orçamento Participativo (OP) para urbanização e melhoria nas vilas.
Também fica a cargo da URBEL a coordenação da estratégia de intervenção nas áreas de risco geológico – sujeitas a deslizamento de encosta e inundação. O Programa Estrutural Para Área de Risco (PEAR) se tornou um modelo de gestão para outras cidades do país e ao longo dos últimos anos tem contribuído na prevenção e na redução de acidentes graves nas áreas de risco durante o período das chuvas. A implantação de sete Centros de Referência Em Área de Risco (CREAR) nos principais aglomerados, a capacitação dos integrantes dos Núcleos de Defesa Civil (NUDEC), a remoção preventiva de famílias em área de risco muito alto, as milhares de vistorias anualmente feitas em moradias de áreas instáveis, além das obras de manutenção nas comunidades, são alguns exemplos das ações contínuas do PEAR visando garantir a segurança da população.
A remoção e o reassentamento de famílias de áreas de risco ou para a realização de obras públicas é outra das funções da URBEL. Por intermédio do PROAS (Programa de Remoção e Reassentamento de Em Função de Risco e Obras Públicas) e do Bolsa Moradia, milhares de famílias vem sendo reassentadas em moradias dignas e seguras.

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